Eu abriria os olhos ao fechá-los
E veria além do véu entre eu e o outro.
Eu veria um mundo, que visito de vez em quando
Assim de leve, momentaneamente
Quando fito os olhos dele (a) e encontro alma.
Abrindo os olhos ao fechá-los
Iria além do véu das aparências
E o outro tornaria- se realmente o próximo
Porque ao encontrar alma,
ao fitar os olhos dele (a)
Me encontraria também.
...
Mas, meus olhos entreabertos, nem sempre enxergam
A barreira que o véu nos impõe,
A sociedade grita!
E cala a voz interna de cada um.
...
No instante, em que por intervenção Divina
Posso fechá-los,
Ao abri-los verdadeiramente,
Enxergo no outro um pouco de Deus, um pouco de mim
E a semelhança que há entre nós nos torna próximos...
Ali, a existência se interage.
Rosicleide David